quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Em seu primeiro treino no retorno à seleção brasileira, o técnico Dunga mostrou que dará novas oportunidades àqueles que disputaram a Copa do Mundo de 2014, na opinião do comentarista Paulo Cesar Vasconcellos. No primeiro dia de atividades em Miami, onde o Brasil enfrenta a Colômbia na sexta-feira, em amistoso, o treinador escalou sua equipe titular com muitos jogadores que estiveram presentes no Mundial e na derrota por 7 a 1 para a Alemanha, na semifinal, no Mineirão.
- O primeiro treino com bola do Dunga me lembrou a coluna do Xico Sá, em que ele falava sobre o Barbosa, que não se deveria tratar os jogadores da seleção brasileira como o Barbosa foi tratado depois da Copa de 1950. Você olha a escalação do Dunga no primeiro coletivo e vê que não há uma perseguição, uma caça às bruxas em relação aos jogadores da Copa de 2014. A Seleção não foi bem, saiu da Copa de uma forma decepcionante, mas você não pode jogar aqueles jogadores, e também o técnico, e jogá-los no lixo, ignorar o trabalho e a obra que eles tiveram. Neste primeiro time do Dunga, estavam David Luiz, Maicon, Neymar, Luiz Gustavo, Ramires, Oscar jogadores que disputaram a Copa de 2014 e receberam agora, nesse início de trabalho novo na Seleção, a oportunidade de mostrar seu valor - disse PC Vasconcellos, no "Redação SporTV".

Dunga treino Brasil (Foto: Bruno Domingos / Mowa press)Dunga conversa com os jogadores, no primeiro treino após retorno (Foto: Bruno Domingos / Mowa press)
A Seleção treinou na terça-feira com: Jefferson; Maicon, Miranda, David Luiz e Felipe Luís; Luiz Gustavo, Ramires, Willian, Oscar e Neymar; Diego Tardelli. Oito dos 11 jogadores estiveram no Mundial. Para Paulo Cesar Vasconcellos, apesar da maneira vergonhosa com que o Brasil terminou sua participação no Mundial, estes jogadores merecem uma nova chance.
- O Dunga começa este trabalho deixando uma mensagem que eu considero interessante: Não podemos fazer uma caça às bruxas contra todos aqueles que disputaram a Copa do Mundo de 2014, protagonizaram aquele sapeca-iá-iá diante da Alemanha, levaram outro chocolate da Holanda. Mas têm currículo. Nessas horas é melhor analisar o seriado que o episódio.

Obra para tirar esgoto da Marina da Glória começa e vai durar um ano

O contrato para obras no cinturão de esgoto da Marina da Glória foi assinado nesta terça-feira pelo governo do estado e o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2016. A finalidade da intervenção é coletar os esgotos lançados nas galerias de águas pluviais (GAPs) que deságuam na Marina da Glória, ponto de base para a disputa da vela. A previsão de custos é de R$ 14 milhões,e a obra deve durar 12 meses.
O sistema captado em cinco pontos de convergência das GAPs será direcionado para o interceptor oceânico e terá destinação final no emissário submarino de Ipanema. A obra consiste na construção de cerca de mil metros de galerias coletoras com diâmetros de 400 a 700 milímetros e de estação elevatória de esgotos com capacidade para 450 litros por segundo.
LEGADO DO PAN: Marina da glória (Foto: Alexandre Durão / Globoesporte.com)Saída de esgoto da Marina da Glória (Foto: Alexandre Durão / Globoesporte.com)


- Na linha de melhoria ambiental da Baía de Guanabara, uma questão é uníssona para ambientalistas, técnicos, governo e esportistas. Atualmente, o maior desafio na Baía de Guanabara não é mais o esgoto e sim a questão do lixo flutuante. Este é realmente um grande desafio, que já está sendo encarado tecnicamente pelo governo do estado com o restabelecimento das ecobarreiras e aquisição e colocação em operação de barcos de coleta, os Ecobarcos -  frisou o secretário do Ambiente, Carlos Portinho.

Na avaliação do secretário da Casa Civil, Leonardo Espíndola, este é mais um projeto que se soma aos compromissos olímpicos de melhorar a qualidade das águas da Baía de Guanabara. Segundo ele, o Rio de Janeiro saiu de uma qualidade encontrada em 2007 em que apenas 15% do esgoto recebia tratamento, alcançando agora 50%.

No início de agosto, o Aquece Rio, evento-teste da vela, foi disputado na Baía de Guanabara. Velejadores ressaltaram a melhora na qualidade da água, apesar de alguns contratempos. Atletas relataram sacos plásticos presos em suas velas e o australiano Matthew Belcher se deparou com um cachorro morto boiando na água quando treinava para a competição. Chefe de equipe da vela do Brasil, Torben Grael citou a melhora, mas disse que em relação a outros lugares a Baía de Guanabara ainda está ruim. E criticou justamente o esgoto da Marina da Glória.