Obra para tirar esgoto da Marina da Glória começa e vai durar um ano
O contrato para obras no cinturão de esgoto da Marina da Glória foi assinado nesta terça-feira pelo governo do estado e o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2016. A finalidade da intervenção é coletar os esgotos lançados nas galerias de águas pluviais (GAPs) que deságuam na Marina da Glória, ponto de base para a disputa da vela. A previsão de custos é de R$ 14 milhões,e a obra deve durar 12 meses.O sistema captado em cinco pontos de convergência das GAPs será direcionado para o interceptor oceânico e terá destinação final no emissário submarino de Ipanema. A obra consiste na construção de cerca de mil metros de galerias coletoras com diâmetros de 400 a 700 milímetros e de estação elevatória de esgotos com capacidade para 450 litros por segundo.
Saída de esgoto da Marina da Glória (Foto: Alexandre Durão / Globoesporte.com)- Na linha de melhoria ambiental da Baía de Guanabara, uma questão é uníssona para ambientalistas, técnicos, governo e esportistas. Atualmente, o maior desafio na Baía de Guanabara não é mais o esgoto e sim a questão do lixo flutuante. Este é realmente um grande desafio, que já está sendo encarado tecnicamente pelo governo do estado com o restabelecimento das ecobarreiras e aquisição e colocação em operação de barcos de coleta, os Ecobarcos - frisou o secretário do Ambiente, Carlos Portinho.
Na avaliação do secretário da Casa Civil, Leonardo Espíndola, este é mais um projeto que se soma aos compromissos olímpicos de melhorar a qualidade das águas da Baía de Guanabara. Segundo ele, o Rio de Janeiro saiu de uma qualidade encontrada em 2007 em que apenas 15% do esgoto recebia tratamento, alcançando agora 50%.
No início de agosto, o Aquece Rio, evento-teste da vela, foi disputado na Baía de Guanabara. Velejadores ressaltaram a melhora na qualidade da água, apesar de alguns contratempos. Atletas relataram sacos plásticos presos em suas velas e o australiano Matthew Belcher se deparou com um cachorro morto boiando na água quando treinava para a competição. Chefe de equipe da vela do Brasil, Torben Grael citou a melhora, mas disse que em relação a outros lugares a Baía de Guanabara ainda está ruim. E criticou justamente o esgoto da Marina da Glória.
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